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Indústria busca mão de obra para produtos relativos à Copa do Mundo
Fábricas vão aumentar produção de brindes por causa da Copa. Verde e amarelo predomina nas confecções.
17/03/2010
A Copa do Mundo é um dos eventos que mais movimenta o comércio, quase tanto quanto o Natal e o Dia das mães. As fábricas de São Paulo estão se preparando para aumentar a produção de bolas, bandeiras, roupas, sapatos, brinquedos, chaveiros e caneta. No interior do estado, os fabricantes estão desesperados atrás de mão de obra.
Entre os brindes que a empresária Rose Carneiro oferece pela internet, a bola é disparado o produto campeão de vendas. “Estão comprando muita bola. Desde o ano passado, a gente está fazendo muita cotação e já tem muitos pedidos feitos também já na produção para ser entregue na data”, fala a empresária.
Em uma fábrica de material plástico, o verde e amarelo tomou conta da linha de produção. A empresa esperava começar a produzir para a Copa só no início de maio, mas já foram tantas as encomendas que todo o estoque de matéria-prima já começou a ser utilizado. Em todas as impressoras, o mesmo tema: bandeira do Brasil.
João Luiz foi à fábrica para fazer um bico na pintura de parede e acabou na linha de produção. “Em cada Copa, eu estou chegando com mais dinheiro em casa”, diz o trabalhador.
“Nós temos que rever todo o nosso planejamento, desde o estoque de material até o número de funcionários, porque do jeito que a coisa está, vai ter bastante serviço pela frente até junho”, comenta o empresário Flávio Dini.
A expectativa de que milhões de brasileiros vão torcer pela Seleção Verde e Amarela na Copa da África do Sul com bandeira na mão gera emprego na reciclagem de plástico e até na casa das pessoas. Em um bairro de Sorocaba, quase todo mundo trabalha na montagem final de bandeira do Brasil e também de festa junina que já saem de fábrica em verde e amarelo.
“A gente tem bastante trabalho de agora até junho e assim a gente vai conseguindo um ganho extra”, agradece uma empregada.
Por causa da Copa, Andreia pediu uma pausa para as clientes. Ela e outras 40 costureiras do bairro só colocam nas máquinas bandeiras juninas. Para ela, 2010 começou com cerca de R$ 1 mil a mais no orçamento doméstico. “Vai dar para comprar bastantes coisinhas para a casa”, planeja.
Fonte: G1